07/05/2013 às 20h05
As microempresas representam 99% das empresas do país e são responsáveis por 51% de todos empregos existentes. Os dados são do Ranking Municipal do Empreendedorismo no Brasil, elaborado com base no Censo pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado nesta terça-feira (7), juntamente com o Boletim Radar nº 25.
O ranking mostra que a maior taxa de empreendedorismo está no Pará e a capital do empreendedorismo é Belém. No extremo oposto do país, encontra-se o município com a maior taxa nacional: Passa Sete, no Rio Grande do Sul. Dos 5.565 municípios, o maior lucro médio foi observado em Buritinópolis (GO).
Segundo o presidente do instituto e ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Néri, o estudo revela dados interessantes que merecem análise. “No estado de São Paulo, por exemplo, Ilha Comprida é o município com a maior taxa de empreendedorismo”.
Néri acrescentou que houve uma preocupação inicial com a queda do empreendedorismo observada recentemente no Brasil. “Mas, depois, notamos que trata-se de uma queda do empreendedorismo de subsistência. Muitos optaram por ser empregado com carteira. Houve no Brasil emprego forte do emprego formal, cujas causas ainda não estão claras”, explicou.
O presidente do Ipea complementou que o grande desafio do empreendedor é a falta de mercado e destacou que os empreendedores que mais cresceram foram mulheres, negros, moradores das periferias, das cidades nordestinas e de baixa escolaridade.
Os técnicos do Ipea ressaltaram ainda que o estudo busca colocar em debate questões relevantes para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, o que ajuda a balizar a elaboração de políticas públicas para um setor que adquire importância crescente na economia. Tanto assim que, em março de 2013, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei Complementar (LC) no 112/2012, que criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e conferiu-lhe status de ministério.
Fonte: Portal Planalto