A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) projetam um crescimento de 5% nas vendas natalinas a prazo em 2013 em relação ao ano passado. Se confirmada, esta será a maior variação dos últimos dois anos e é reflexo de um incremento de 9,8% no repasse do 13° salário este ano.
Ao todo, deve haver uma entrada de R$ 143 bilhões na economia brasileira segundo as entidades, acréscimo de 9,8% perto do observado em 2012.
"Atualmente caminhamos sobre níveis recordes de empregabilidade. Além disso, a inflação foi domada e já está sob controle. Dessa forma, os fatores dinheiro novo combinado com inflação estabilizada melhoram as condições de compra do consumidor", explicou o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. O período analisado corresponde às transações feitas entre 18 e 24 de dezembro.
O resultado vem após um aumento menos expressivo de 2,37%, em 2012, e de 2,33%, em 2011. Ainda assim, caso a projeção deste ano se confirme, o desempenho estará bem abaixo dos 10,89% observados em 2010, melhor ano para o setor.
O executivo também aposta em um menor uso do crédito nas compras deste ano. "O fato é que as pessoas estão mensurando mais a relação orçamento livre versus comprometimento", comenta Pellizzaro. "Por isso, as compras à vista devem ganhar mais espaço. Já aqueles que optarem pelas compras a prazo escolherão dividi-las em prazos menores"
Empresários
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou também uma aparente melhora no nível de confiança dos comerciantes.
Em outubro, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) caiu 2% em relação ao mesmo mês de 2012. O resultado surge após sucessivas quedas nos meses de agosto (-4,2%) e setembro (2,6%).
Entre os pontos principais do levantamento está o aumento da propensão a investir, que cresceu 1,3% em outubro ante o mesmo período de 2012. Já o destaque negativo é a avaliação das condições atuais por parte dos empresários, que teve variação negativa de 7,5%.
Ainda assim, 86,4% dos empresários entrevistados acreditam em melhora da economia brasileira nos próximos meses.